De acordo com a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), o número de processos com base na Lei Maria da Penha, no Brasil, foi de 330 mil em 2015. Embora este número seja grande, ainda não cobre todos os casos de violência contra a mulher, que ainda persiste por ter uma base histórica e gerar, nas mulheres, o atual medo de serem violentadas. Apesar de a quantidade de denúncias ter crescido nos últimos anos, a violência, física ou moral, para com a mulher ainda é constante em todo o Brasil. Isso porque o gênero masculino sempre foi considerado, por grande parte da sociedade e por muito tempo, superior aos outros gêneros, principalmente o feminino. E, essa superioridade, por ter bases históricas que se firmaram com o tempo, é cada vez mais difícil de ser superada. Nesse tempo, o receio da mulher em sofrer um ato de violência física, moral, psicológica ou sexual cresceu e se espalhou. E essa violência pode se manifestar em um companheiro ou no estranho da rua, pode aparecer nos jornais, na televisão, na internet ou nas redes sociais. E, mesmo que apareça em todo lugar, ainda há pessoas que apenas ignoram esse problema da violência contra a mulher. Apesar de ser algo bem complicado mudar o jeito de pensar de uma pessoa, ou de uma sociedade, é possível dar às mulheres, e a quem as queira ajudar, a confiança e a segurança de andar na rua ou entrar em casa sabendo que haverá alguém para ajudá-las ao primeiro caso de violência, por meio da denúncia. Essa ideia de segurança deve ser praticada e repassada de forma consistente e contínua. Desse modo, o governo brasileiro, em especial a Policia Civil, deve disponibilizar um atendimento 24 horas às denúncias de casos de violência contra a mulher e garantir que o trabalho de investigação e punição de cada caso seja feito com rapidez e eficácia. Afinal não é a criação de leis que protege e garante segurança, mas sim seu cumprimento eficaz em estado e sociedade.