As mulheres ainda são silenciadas após se tornarem vítimas de agressão, apesar do caráter estrutural da violência contra o gênero feminino no Brasil. A questão da violência persiste por conta da escassez de representatividade sociopolítica feminina - já que, uma vez no poder, homens manipulam o pensamento coletivo a favor da misoginia; como também marginalizam a opressão contra a mulher e suas consequências. O feminicídio chegaria ao fim com o equilíbrio entre gêneros na Câmara e com o estímulo do senso crítico, promovido desde a inicialização do processo acadêmico de todos os brasileiros. Segundo o jornal Folha de São Paulo, o número de candidatas e eleitas a cargos disputados durante as eleições de 2014 é consideravelmente desproporcional ao número de candidatos e eleitos. Isso advém da falta de incentivo político às mulheres e de crença na capacidade governativa do sexo feminino. Diversas organizações ativistas expõem, através de pesquisas, que mulheres de cor, transexuais e travestis são as maiores vítimas dos casos de violência física, psicológica, moral e sexual. Tal realidade é, não coincidentemente, inversamente proporcional às poucas cadeiras ocupadas por elas no Planalto Central. A elite de homens cis e brancos dissolve fundamentos machistas e religiosamente egocentristas no senso comum, ganhando grande parte da população pela ignorância. Cabe ao Ministério da Educação, através das instituições de ensino e em conjunto com os núcleos familiares, a introdução e o aperfeiçoamento do criticismo e a conscientização do bem social como bem maior. Também em sua formação, mulheres devem ser incentivadas a se tornarem políticas e votarem em outras mulheres. Devem ser criadas, pelo Ministério Público, mais juizados especializados no feminicídio, dando mais conforto e segurança às denunciantes e mais apoio às protagonistas das agressões.