A visão de inferioridade do sexo feminino é algo arcaico e que esteve presente em todas as culturas do mundo. No caso do Brasil, a submissão da mulher ao homem veio impregnada ao processo de colonização do país por culturas europeias. Entretanto, ao contrário dos países desenvolvidos, que ao longo das últimas décadas reconheceram o importante papel da mulher na sociedade, o Brasil continua apresentando índices de uma população medieval. Em relação ao século 21, um fator que apresenta uma grande desigualdade entre os gêneros é a remuneração salarial. Segundo a revista Veja, o salário das mulheres no Brasil é 36% menor que dos homens, enquanto que na Suécia, esse índice é menor que 10%. Tais números demonstram um tipo de violência indireta no país que incide sobre a população feminina em uma proporção exorbitante. Além disso, a agressão física contra a mulher também é algo evidente no território brasileiro. Realizada na maioria das vezes por um indivíduo do sexo oposto devido sua maior força muscular, as agressões são muitas vezes omitidas. Seja por medo das consequências físicas ou até mesmo por dependência financeira, as vítimas se mantêm caladas. Tendo em vista tais situações, mudanças na estrutura da sociedade brasileira são necessárias. É um dever do Estado proteger as mulheres em seus postos de trabalho, através de uma fiscalização salarial nas empresas, e auxiliar as vítimas de agressões físicas, criando mais Delegacias da Mulher que penalizem o agressor. Além disso, é uma obrigação individual não fechar os olhos para a causa e derrubar o mito que "em briga de marido e mulher, não se mete a colher".