Realidade que persiste no Brasil Em decorrência de uma sociedade pautada no patriarcalismo e no machismo, a mulher brasileira foi bastante violentada no decorrer dos séculos. No entanto, ainda que em uma sociedade em que vige o Estado de Direito, atualmente, no Brasil essa é uma prática que acontece de maneira intensa, revelando-se como uma premissa contraditória. Embora exista uma lei que garante a segurança e o zelo pela integridade do sexo feminino, nota-se que ela possui eficiência diminuta. É importante pontuar, de início, que a violência contra a mulher, na sociedade brasileira, atinge índices alarmantes. Segundo o Mapa da Violência, nas últimas três décadas foram assassinadas cerca de noventa e duas mil mulheres. As principais causas para os crimes em pauta são o sentimento de soberania e de impunidade que existem nos seus praticantes. Em consequência disso, há no gênero feminino as sensações de medo e insegurança que, como tentativa de chamar a atenção das autoridades competentes para a problemática, fazem passeatas e manifestações pelas avenidas, a exemplo: a Marcha das Vadias, em São Paula. É fundamental pontuar, ainda, que existe a tentativa do poder público em reverter o quadro atual da violência contra o sexo feminino. A Lei Maria da Penha, criada em 2006 e constitucionalizada em 2012 (segundo o Superior Tribunal Federal), é uma medida de caráter provisório e visa a redução da violência contra a mulher no Brasil. Todavia, é evidente que são necessários ajustes no código evidenciado, uma vez que números do Conselho Nacional de Justiça expõem que aproximadamente 67% dos processos englobados pela lei não são julgados e arquivam-se. Dessa forma, é pertinente a ideia do líder Mahatma Gandhi de que devemos ser a mudança que queremos para o país. Então, visando reduzir a problemática em questão, é necessário que as entidades governamentais, em parceria com a sociedade, estabeleçam um sistema de reciprocidade, no qual o primeiro fiscaliza eficientemente, aplica as leis de maneira que os infratores não reincidam e garanta a integridade do gênero em pauta, e o segundo denuncia qualquer tipo de abuso contra a mulher ligando para o Disque Denúncia da polícia.