Historicamente, as mulheres viveram séculos de agressões pelos homens e pela sociedade. Como durante a idade média, quando era natural o sentimento de posse das mulheres pelos pais e maridos e as agressões eram vistas como medidas educativas. Desde então, houveram avanços nos direitos femininos, como trabalho e educação, no entanto, a violência contra a mulher ainda é presente, apenas de uma forma mais sigilosa, onde vítimas e agressores muitas vezes encobrem esta realidade em uma cultura machista. A culpabilização da vítima é um dos maiores motivos da falta de denúncias dos muitos casos de feminício. Pela forma que a sociedade e a mídia transformam as atitudes violentas masculinas em respostas ao comportamento feminino, como os casos de estupro, onde o que desencadeia o ato seria a roupa utilizada pela vítima. Desta forma, as mulheres encontram-se muitas vezes, sem auxílio e, com a agressão psicológica da sociedade junto à sexual em que foram submetidas, encobrem o acontecimento. Além da violência física, a agressão psicológica e a moral se perpetuam por convecções sociais e hierarquias. Pois, mesmo que possam trabalhar e estudar, as mulheres ainda devem cuidar dos lares e da família, segundo a sociedade. Gerando assim, um sentimento de incompetência por parte da mulher e uma depreciação pela sociedade por conta de não exercer todos os papéis perfeitamente, como ao trocar a construção da família pelo trabalho. Configurando desta forma, uma violência psicológica pouco debatida pela sociedade. A persistência da violência em todas as suas formas contra a mulher é, portanto, uma regressão social no Brasil. Devendo ser melhor debatida e explicitada, sendo necessário que as escolas, em conjunto com as famílias, orientem as crianças quanto a este tipo de violência por meio de aulas, palestras, diálogos e pelo exemplo, para que a visão da sociedade quanto a mulher que sofre violências seja modificada para um padrão menos machista. Conjuntamente, a mídia deve mostrar a agressão como uma atitude degradante e evitar a culpabilização da vítima em notícias, filmes e programas televisivos. Formando assim, uma nação que protege de todas as formas as suas mulheres.