Não há dúvidas que a sociedade brasileira atual é machista. Cultura enraizada desde a colônia e enfatizada por contos de heróis. Atrelado a essa cultura está a ideia de que qualquer violência à mulher é aceitável. Possibilidades para denúncias são existentes e acessíveis, porém a possibilidade da impunidade deixa a mulher insegura de uma retalhação ainda pior. A falta de representatividade feminina na política também implica no reforço de um corpo social machista. Se uma mulher afirma que não vive em função do homem, ela é mau vista pela sociedade, visto que ela vai contra um fato social que todos consideram obrigado seguir. Mulheres de atitude vem desmitificando esse fato progressivamente e conquistando mais adeptos. Pelo fato de esse ser um problema cultural é difícil, mas não impossível, de remove-lo de uma comunidade. O feminicídio foi um marco relevante das leis brasileiras, pois o indivíduo que mata uma mulher pela condição do sexo feminino tem maior impunidade, além de dar foco para essa questão. Leis como essa são possíveis quando há presença feminina na elaboração das mesmas. Como foi dito por Émile Durkheim: "As leis são feitas para quem as fazem". A integração da mulher na política implica em maior influência na sociedade com suas visões de igualdade de gênero. Cabe ao governo dar impunidade aos atos de violência contra a mulher. Correntes na mídia e nas redes sociais encorajando as mulheres a denunciar agressores e quebrar a cultura do comodismo e senso comum que a violência é normal, é essencial para ter-mos uma sociedade justa e pacífica.