Superior. Palavra essa que Nietzsche já me mencionava em pleno século dezenove ao descrever a figura do Super Homem. A violência contra a mulher se encaixa perfeitamente nesse parâmetro, afinal, ao agredir, a figura masculina se sente em um patamar elevado. Inúmeras políticas de assistência foram criadas para uma maior segurança desta, resta verdadeiramente saber se essas medidas estão realmente sendo eficaz. Em primeiro lugar, é essencial destacar que, o agressor muita das vezes é o companheiro da vítima. Onde esta, após sofrer vários tipos de violência, tanto físico como psicológico, se sente inferior e submissa a seu marido. Em grande parte dos casos, essa cidadã por ser “refém” economicamente, ou por possuir filhos, se sente incapaz ou até mesmo impotente para denunciar. Ainda é válido considerar, que, as agressões assim como os homicídios, vem aumentando consideravelmente. A Lei Maria da Penha instaurada em 2006, da assistência e protege mulheres que sofram algum tipo de dano. Porém, o que ocorre inúmeras vezes é que não se denuncia ou a retirada da denúncia por parte da vítima. Por meio de conversas, ameaças, a vítima se sente fragilizada diante do agressor, onde este quase sempre retoma as agressões. Desse modo, é inadmissível tolerar qualquer tipo de violência, e que a lei é eficaz para quem a procura. Assim, mulheres agredidas devem procurar seus direitos e denunciar, como também o governo deve cada vez mais investir em políticas e projetos para conscientizar, promovendo uma igualdade. Somente assim, será derrubada a superioridade do Super Homem de Nietzsche.