Título da redação:

Hostilidade ao "sexo frágil"

Tema de redação: ENEM 2015 - A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira

Redação enviada em 05/08/2016

Frequentemente observamos mulheres sendo vítimas de violência, seja ela física, psicológica, moral, dentre outros. Leis e delegacias foram constituídas em prol do sexo feminino para que tal problema atenuasse, entretanto, tais medidas não foram suficientes. Há quem duvide que a violência contra a mulher não tenha persistido. Porém, no site Mapa da Violência ressaltou que nos 30 anos decorridos entre 1980 e 2010 foram assassinadas no país acima de 92 mil mulheres. Mas não é preciso ir tão longe: Em 2015, de acordo com o serviço telefônico da Secretaria de Políticas para as Mulheres, foram relatados mais de 179 casos de violência contra a mulher por dia. É imprescindível negar o impacto que tal ação tenha gerado na sociedade brasileira. Com a Lei Maria da Penha, houve muita contribuição para a defesa das mulheres e igualdade de gênero, mas ainda sim, os casos de abuso e violência continuam alarmantes. O problema surge quando tal discurso direcionado a hostilidade é ignorado. A ausência de estímulos para a diminuição do pensamento machista e direitos da mulher dentro da parte legislativa só desenvolve um aumento de crimes e assédios contra o, erroneamente chamado, “sexo frágil”. Tal manobra de persuasão transmite a mensagem de que a mulher deve submeter-se ao homem, e por sua vez, acaba cedendo o espaço na sociedade para a violência contra a mesma. Uma estratégia como essa gera um ciclo interminável de práticas abusivas, dificultando a extinção desse tipo de comportamento. Fica clara, portanto, a necessidade de uma ampliação da legislação atual a fim de limitar esses atos imprudentes, e também com a ajuda do governo e população investir em ONGs voltadas à defesa dos direitos femininos. Além disso, é preciso focar na conscientização desse problema em escolas, com professores que abordem esse assunto de forma compreensível e responsável. Só assim construiremos um sistema que, saiba respeitar a mulher sem vê-la como um objeto e garantir um bem-estar e harmonia para ambos os gêneros.