Título da redação:

Feminicídio temerário

Tema de redação: ENEM 2015 - A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira

Redação enviada em 25/12/2016

Nota-se, no contexto mundial, que mulheres são alvos de diversos tipos de violência, desde o assédio verbal até às agressões físicas, como Maria da Penha. Além da violência intencional, os crimes contra mulheres são justificados por questões religiosas ou mesmo culturais. Desse modo, se faz necessário o aumento da prevenção e pesquisa de intervenção referente ao feminicídio, e reforço da vigilância para rastreio da violência por parceiros íntimos, visto que 7 em cada 10 mulheres no mundo já foram ou serão violentadas em algum momento da vida, conforme a ONU. Partindo dessa premissa, a melhor maneira de reduzir o feminicídio no mundo, nas palavras de Nadine Gasman (médica e porta-voz da ONU Mulheres no Brasil), é por meio do aumento da prevenção e pesquisa de intervenção, uma vez que intimida a violência de parceiros íntimos. Vale ressaltar que 35% de todos os assassinatos de mulheres no mundo são cometidos por um parceiro íntimo, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde. Assim como, a jovem afegã Bibi Aisha, mundialmente conhecida após seu rosto ter sido desfigurado aos 18 anos pelo marido, no Afeganistão. Sendo assim, entender como os crimes acontecem torna o trabalho de prevenção mais fácil e efetivo. No tocante ao reforço da vigilância para rastreio de violência contra as mulheres, o trabalho de cooperação entre polícia, médicos e agências, merece notoriedade. Esse possui a responsabilidade de coletar e relatar com precisão a relação vítima-infrator, além da motivação do agressor para o homicídio, por meio de investigações e leis rígidas. A exemplo disso, a jovem indiana, de 23 anos, vítima de violência sexual em Nova Deli, morreu após estupro. Isso elucida que mulheres morrem violentadas antes mesmo que órgãos de investigação descubram. Nesse panorama, fatores como a posse legal de armas em alguns países dificultam o funcionamento dessas soluções. Segundo o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, o risco de morte entre mulheres vítimas do feminicídio triplica quando existe uma arma em casa. Destarte, as leis que permitem a posse legal de armas devem ser revistas para que não interfira na função das premissas. Contudo, os direitos das mulheres serão preservados no momento em que os pressupostos citados forem aplicados. Diante disso, quaisquer cultura e religião não justificam atos de prepotência contra o gênero feminino, uma vez que, de acordo com a Constituição Federal brasileira de 1988, garante a dignidade e a igualdade da pessoa humana é o verdadeiro princípio absoluto. Dessa forma, é preciso engradecer o direito à vida, nas palavras de Mahatma Gandhi, cumprindo o dever de cidadão no mundo e, assim, combatendo com eficácia o feminicídio que aterroriza.