"O silêncio é o choro mais alto de uma garota", frase dita pela cantora pop Demi Lovato, que podemos associar à situação de muitas mulheres, que ao sofrerem abuso sexual, físico ou até mesmo psicológico, guardam tal brutalidade para si mesma. Estupro, uma ideologia machista que sempre esteve impregnada nas raízes culturais da sociedade desde a chegada dos Ibérico ao Brasil no século XVI, oprimindo cada vez mais a figura feminina, que busca o fim desta cultura e dos meios do sistema de remediar essa barbárie ao invés de medidas para preveni-la e extingui-la de uma vez por todas. Muito tem-se discutido à respeito da violência sexual contra a mulher, assim também como o aumento de denúncias e repercussão social, como o caso de uma menina de 7 anos, que foi estuprada dentro de um ônibus no RJ em 2015, sendo que ainda há quem diga que a culpa é da vítima, da mini saia e do meio social no qual ela vive. Um garoto não é ensinado a não tocar em uma garota sem permissão, não é ensinado quando pequeno sobre abuso sexual, isso se dá por conta de valores e até mesmo de princípios deixados por nossos antecessores, onde o homem é a figura totalitarista no ambiente familiar, enquanto a mulher é sua propriedade. A forma de prevenir esta brutalidade não é criando consequências como a castração química, prisão perpétua ou pena de morte e sim interferindo na causa, criando um método para desenraizar essa ideologia machista e cultural da nossa sociedade, fazendo com que no ambiente familiar, escolar, social e na mídia seja ensinado às crianças desde pequenas que abuso sexual é crime e não pode ser tolerado, pois a educação gera conscientização, que por si mesma origina cidadãos éticos e de princípios morais.