Hoje, a desigualdade de gênero no Brasil é visível. Tal fato não surpreende, visto que o país ainda não ultrapassou os limites machistas antiquados. A insistência de práticas violentas contra mulheres é um dos reflexos desse mundo dominado pela ideologia masculina, o qual não reconhece o valor do sexo feminino, indispensável, inclusive, para reprodução da espécie. Em primeiro lugar, a violência física contra as fêmeas é uma das que mais recebem atenção por parte da mídia. Entretanto, outros tipos de violência, que não são devidamente notadas, existem. Por exemplo, as mulheres conquistaram o direito de votar apenas no período conhecido como Era Vargas, que para a história é relativamente recente. Além disso, somente em 2010, o país elegeu a primeira mulher á presidência da República, o que certamente representou um avanço tanto para a democracia quanto para a redução da desigualdade. Em segundo lugar, com certa freqüência, são relatadas situações em que mulheres sofrem abusos sexuais por parte de seus chefes, os quais utilizam da hierarquia trabalhista para desejos unilaterais. Esse problema dificilmente é resolvido, pois, na maioria dos casos, as trabalhadoras necessitam do emprego para sua sobrevivência. Ainda assim, algumas vítimas recorrem á delegacias especializadas, porém, muitas tornam-se motivo de chacota, como relatado por Carta Capital, veículo de comunicação de acesso nacional. Afinal, ainda que alguns avanços sejam constatados, o Brasil vive, diariamente, casos de opressão ao sexo feminino. Faz-se necessária, portanto, a ação dos órgãos estaduais e federais na capacitação dos profissionais, bem como na fiscalização para que as vítimas sejam tratadas com o devido respeito e atenção. Ademais, o incentivo ao estudo da ética nas escolas e universidades é fundamental no combate á violência no trabalho e, também, no amadurecimento da sociedade contribuindo para o bem comum.