A mulher contemporânea vem conquistando, gradativamente, espaço no meio social, superando os preconceitos relacionados à sua inferioridade em relação ao homem. Contudo, o machismo- falsa percepção de superioridade da figura masculina sobre a feminina, ainda permanece enraizada na sociedade brasileira, podendo ser comprovada pela desigualdade no mercado de trabalho e, principalmente, aos altos índices de agressões. Augusto Comte, fundador da Sociologia e da filosofia positivista, afirmava que o mundo encaminharia para um estágio de progresso. Tal afirmação pode ser contestada, uma vez que, hodiernamente, apesar da violência contra o gênero feminino já ser criminalizado no território nacional através da lei Maria da Penha, o número de mulheres assassinadas atingiu mais de 92 mil casos nos últimos 30 anos, o que indica o quão retrógrado permanece o pensamento e o comportamento humano e a ausência de medidas mais eficazes. Na biologia, há uma grande diferença entre o soro e a vacina. Enquanto a primeira é uma medida instantânea, a segunda possui efeitos à longo prazo e previne eventuais problemas. Desse modo, o mesmo acontece com os casos de feminícidio no Brasil. Não basta apenas punir os agressores. É necessário informar e educar sobre a importância de ambos na sociedade, lutando para que esse arcaico pensamento seja desmistificado, reduzindo o percentual de crimes. Logo, diante desse cenário, é primordial que a escola discuta com as futuras gerações sobre a igualdade de gêneros e a importância do respeito entre os indivíduos de sexos opostos. Paralelamente a isso, o Ministério da Educação, juntamente com o Ministério da Cultura, devem promover debates e palestras que incentivem mulheres a denunciarem criminosos e que conscientize que, independente do sexo, todos devem ser tratados de maneira igualitária, para que, assim, o Brasil caminhe rumo à justiça.