“Agora chegou a vez vou cantar, mulher brasileira em primeiro lugar”, nos versos do antigo samba é exaltado uma figura que além de ser responsável pela continuação da existência da espécie humana no mundo é no país a maior provedora do sustento das famílias brasileiras, a mulher. Sua fragilidade tão discutida em razão da deficiência moral que é o machismo é por milhares de vezes desrespeitada pelos mesmos que a rotulam com este titulo. Será que depois de tantas conquistas embasadas em sofrimento e dor vencido pela coragem – como é o caso da lei Maria da Penha, que partiu da violência doméstica sofrida e denunciada pela própria que deu o nome projeto de lei – a sociedade ainda oprime essa classe base de qualquer grupo? Com o surgimento da propriedade privada que se deu após a revolução neolítica, o sistema que quase não vingava como sociedade e que tinha por alicerces o matriarcalismo – dado pela percepção do homem sobre a mulher como genitora da espécie que deveria ser protegida – passa a dominar mais que extensões de terra e rebanhos, ele detêm as pessoas. Nesse chamado escravismo as mulheres eram submissas ao homem e foi a partir desse ponto que desencadeou-se o que hoje se chama machismo. Sabendo do seu princípio, percebe-se o retrocesso humano que é a persistência na opressão seja ela moral, física, sexual ou psicológica que é justificada pela dominação de um gênero sobre outro. Lutas, assim como em outras causas foram necessárias para que mudanças acontecessem, entre elas a criação de sistemas de denuncias e leis que deflagrassem a violência contra a mulher, mas nada que fosse tão suficiente levando em consideração a crise que o sistema judiciário brasileiro enfrenta há décadas. Baseando-se no que foi exposto anteriormente pode-se perceber o retrocesso incomensurável que a sociedade vive. O governo deve reforçar as leis já existentes visando que as mesmas se aperfeiçoem, além de inserir nas escolas desde o primário a discussão sobre a importância da mulher já que lá estão os futuros cidadãos brasileiros.