O desenvolvimento e a modernização da sociedade têm sido motivo de orgulho para milhões de cidadãos em todo o mundo, mas, ainda há muito que o corrigir em nossa “moderna” civilização. A violência doméstica é um tema arcaico, mas que ainda é discutido, por ser um problema atual. O machismo, principal motivo da violência doméstica, é um pensamento ainda repleto de seguidores, especialmente por conta do histórico de submissão da mulher. O elo entre o passado e o presente é pertinente e, por isso, alguns homens agem como se suas companheiras, esposas ou filhas fossem suas propriedades. É esse enorme erro que causa opressão e, muitas vezes, a morte de milhares de mulheres todos os anos. Desde que a Lei Maria da Penha entrou em vigor, em 2006, houve crescimento nas denúncias de violência contra as mulheres, que se sentem um pouco mais protegidas pelo Estado. Entretanto, ainda assim, muitas têm medo de expor o que se passa dentro de seus lares. Afinal, denuncia não é sinônimo de justiça. Na antiguidade, onde lugar de mulher era na cozinha ou na lavanderia, o respeito era entendido como submissão das mulheres aos homens. Com o tempo, esse ato foi erroneamente interpretado como reverência e aceitação à tudo o que se era imposto para elas, que acabaram sendo deixadas em segundo plano até na construção da sociedade. Só em 1932 as mulheres passaram a ter poder de voto no Brasil e, desde então, elas lutam todos os dias pela conquista de olhar igualitário em relação a elas e aos homens. Para que o cenário machista mude, é preciso interferência maior do Estado e conscientização masculina. A pena máxima para violência doméstica é de três anos, caso o agressor seja detido, mas é necessário aperfeiçoamento da Lei Maria da Penha para intimidar opressores e é essencial a criação de campanhas com o intuito de conscientizar os homens, para que eles saibam que lugar de mulher é onde ela quiser.