No Brasil, segundo o Mapa da Violência, 92 mil mulheres foram assassinadas entre as décadas de 1980 e 2010. Esse dado demonstra que, mesmo com a existência de delegacias e leis especializadas e de um disque denúncia, um valor cultural continua existindo sem modificações: o ideal machista da sociedade. Desde o início da raça humana até a conquista do voto feminino no começo do século XX no Brasil, houve mudanças na concepção do papel da mulher no País: ideal de procriadora a escolher um representante ao povo. Porém, as leis foram mudadas e a mentalidade humana não. Há, ainda, o pensamento de superioridade do sexo masculino, expresso até mesmo dentro de casa: o homem obriga a mulher à cozinhar e limpar, impedindo-a de trabalhar. Além disso, a mídia mostra essa visão ao apresentar comerciais com apelo sexual ao sexo feminino e estratificação de serviços. Assim, a partir de exemplos vistos no lar e na mídia, a criança de hoje possuirá, no futuro, os mesmos ideais demonstrados na sua infância, formando-se um ciclo, perpetuando o machismo. Confirma-se, portanto, os dados do mapa da violência e outros, como do Conselho Nacional de Justiça, o qual mostra que 70% das mulheres que ligaram no disque denúncia dizem que seus companheiros foram responsáveis pela agressão, mostrando que o ciclo se difundiu dos pais para os filhos. Portanto, para que os números caiam gradativamente, são necessários uma punição mais rígida aos casos enquadrados na Lei Maria da Penha, cartilhas que demonstram igualdade de gênero para escolas, e, restrições a propagandas que não respeitam a igualdade ou demonstre padrões diferentes para os sexos. Dessa forma, pode-se quebrar o ciclo vicioso do machismo e garantir respeito a todos, independente de seu gênero.