No século XX, Simoni Beavouir contestou os paradigmas da mulher na sociedade, que até então era recatada e submissa ao homem. Contudo, mesmo com o feminismo e as mudanças ideológicas, a violência doméstica é uma realidade na vida de muitas mulheres brasileiras, visto que, heranças sexistas e patriarcais potencializam a objetificação e a opressão de uma parcela feminina. Na literatura realista machadiana, a visão niilista descrevia o ser humano como corrompido e corrupto. Dessa forma, os atos de agressão e superioridade cometidos pelo homem, ratificam o caráter de uma ideologia retrógrada e determinista, uma vez que resulta na ridicularização e subjugação da mulher, muito exemplificada em propagandas, ditos populares e musicas — como a famosa música "Ai que saudades da Amélia" de Ataulfo Alves, cujo o homem idealiza uma esposa “perfeita”, Amélia, que atende à todas as necessidades do esposo. A agressão pode advir de algum membro familiar da violentada e é originada por princípios sexistas e misóginos ainda adotados por muitas famílias brasileiras; tem como consequência danos físicos e psicológicos — confirmando a afirmação do filosofio Jean-Paul Sartre, que qualquer violência é um retrocesso. Embora existam leis como a “Maria da Penha”, as quais punem o agressor e fornecem amparo às vítimas, muitas temem pela perda do vínculo afetivo existente com o familiar ou companheiro, o que desencoraja a vítima à prestar queixas. É necessário, portanto, que o governo federal em parceria com a mídia, erradique ideias patriarcais por meio da utilização de propagandas midiáticas contra a misoginia e o feminicídio, além de utilizar dos meios de comunicação para mostrar exemplos reais e as consequências da violência, com a finalidade de atingir o emocional dos receptores e tornar o assunto visível. Sendo assim, sem violência não haverá mais retrocesso, como disse Sartre, e sim um avanço social e moral.