Amélia que era mulher de verdade! Esse trecho da canção dos Demônios da Garoa remete a um passado em que o papel da mulher era submissão ao homem em um sistema predominantemente patriarcal. A persistência da violência, constrangimento e até preconceitos à cerca da figura feminina, evidenciam a falta de conscientização na sociedade brasileira. Para frear esse alto índice de violência e feminícidio é necessária uma ação urgente de conscientização dos homens e utilizar os meios legais para amparar melhor as vítimas.      Recentemente houve um movimento intitulado “primeiro assédio”, que “viralizou” nas redes. O intuito era denunciar o assédio e a violência sexual que diversas mulheres sofreram em algum montem da vida. O resultado foi preocupante, pois demonstrou o número elevado de vítimas, e o mais alarmante é que muitos ataques vieram de pessoas próximas. Infelizmente algumas pessoas ironizaram tal ação demonstrando a falta de consciência dessa parcela da população.      Embora existam ferramentas que tentam coibir a violência doméstica e contra a mulher, ainda sim, tornam-se paliativas perante uma ideologia chauvinista que perdura , sendo transmitida de geração a geração. Mesmo sendo 51% da população brasileira, a mulher é tratada como minoria em uma concepção arcaica e preconceituosa de nossa sociedade.     Portanto, o combate a violência contra a mulher passa pela mídia, como ferramenta de persuasão da sociedade, sendo utilizada como propaganda para conscientização dos direitos da mulher e alardeando sobre todos os tipos de violência que sofrem. Além de uma ação conjunta entre as policiais civil e militar e os governos dos Estados, incentivando o ingresso de policiais femininos para recepcionar as denunciantes de violência ou abuso em momento tão delicado.