A violência contra a mulher é um grave problema social no Brasil, uma vez que a sociedade ainda possui características discriminatórias provenientes de uma construção social patriarcalista. Além disso, o Estado durante muito tempo se omitiu no combate dessa problemática, contribuindo, de certa forma, com a disseminação da ideia de inferioridade do gênero feminino. Diversos são os fatores que fortalecem a violência de gênero na sociedade brasileira. Entre esses fatores, destaca-se o machismo exacerbado que instaura a ideia de superioridade do sexo masculino em detrimento ao feminino. Soma-se a isso, a falta de estrutura do Estado no enfrentamento desse problema, dado que, menos de 10% das cidades brasileiras possuem delegacias especializadas no atendimento às mulheres de acordo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). Como consequência, as vítimas sofrem os muitos danos das agressões diárias. Exemplo disso é a falta de empoderamento feminino e a sua objetificação responsáveis por inserir as mulheres numa cultura do medo e do silêncio. Cabe, também, mencionar que embora a lei Maria da Penha tenha trazido avanços, os números de violência ainda são alarmantes. Como tentativa de combate aos abusos sofridos pelas mulheres, a polícia militar lançou a Ronda Maria da Penha. Esta tem como objetivo oferecer proteção às mulheres vítimas de violência doméstica. Sua importância destaca-se, dentre outras medidas, pelo acompanhamento à vítima a fim de evitar a reincidência dos casos e empoderá-las frente à violência sofrida. Diante de uma problemática recorrente como a violência gênero, é preciso fortalecer medidas que combatam esse mal social. Espera-se que o Estado aprimore os órgãos de assistência à mulher sem esquecer da importância da atuação do Poder Judiciário na aplicabilidade das leis a fim de que os direitos das mulheres não sejam negligenciados.