Violência: ação ou efeito de empregar força física ou intimidação moral contra alguém. Apesar de considerado crime e uma violação aos direitos humanos, a violência enfrentada pelas mulheres é uma realidade que continua a assombrar a sociedade. Os dados registrados de feminicídio chegam a ser alarmantes: houve um aumento de 200% nas mortes desde 1980, e, infelizmente os números tendem a crescer. A central de atendimento à mulher (disque 180) registrou inúmeras denúncias referentes a casos de brutalidade e selvageria contra as mesmas. As ocorrências mais relatadas são a de violência física, psicológica e moral. A grande parte dessas atrocidades é procedente de pessoas conhecidas, geralmente, seus companheiros, namorados e ex-conjugues. Estes delitos usualmente são motivados por ciúmes. Em muitos casos os “parceiros” se julgam senhores absolutos de suas companheiras, oprimindo-as, violentando-as e sujeitando-as a vários tipos de maus tratos, ferindo sua dignidade. Desde os primórdios da civilização, a mulher era considerada inferior ao homem. Ao longo do tempo, e principalmente com o movimento feminista, elas conquistaram alguns direitos: o poder de trabalhar, votar e se candidatar as eleições, entre outros. Na atualidade, existem leis que protegem e preservam seus interesses, como a Lei Maria da Penha, a qual estabelece que toda violência doméstica é crime e deve ser julgada como tal. Por outro lado, decretada recentemente, a Lei do Feminicídio, altera o código penal e prevê o assassinato cometido à pessoa, somente pelo fato de ela ser mulher, como homicídio qualificado e uma transgressão hedionda. Sócrates dizia que a péssima educação pública carrega o estigma de ser culpada pela desigualdade e a violência. Partindo dessa premissa, a começar da infância, a educação deveria ser a base para que a sociedade pudesse vislumbrar novas perspectivas. A escola e a família deveriam se tornar corresponsáveis nesse processo ensinando valores morais, sociais e éticos às crianças. Da mesma forma, é imprescindível que as mulheres deixem o medo de lado e denunciem qualquer ato de violência que venham a sofrer. Não obstante, concerne ao governo fiscalizar e aplicar com mais rigorosidade as leis que resguardam os direitos femininos. Aos cidadãos que sejam solidários e denunciem, seja qual for, a prática de alguma agressão ou violência.