Depois de sofrer assédio sexual no trabalho e no caminho de volta para casa, ainda sofrer violência sexual no ônibus, a secretária Maria de 30 anos tem que cuidar dos filhos e do seu marido, que muitas vezes chega bêbado em casa e desconta as amarguras do dia em sua esposa. Cenas como essa são comuns em grande parte dos lares brasileiros, vindo a evidênciar a persistência contra a mulher na sociedade brasileira. Antes da formação da sociedade os conflitos eram resolvidos com a imposição do mais forte sobre o mais fraco e biologicamente por ser mais forte fisicamente, o homem submetia a mulher a ceder aos seus desejos. Na sociedade contemporânea essa violência foi substituida pelo diálogo, bom senso e ética. Mesmo assim, resquísios da animalidade do homem, infelizmente são passados de geração para geração por grande parte dos brasileiros. Percebe-se então que essa cultura de violência contra a mulher vai de encontro com a formação da sociedade e as conquistas das mulheres, que merecem todo o respeito. Apesar de leis, como a que surgiu após a cearense Maria da Penha ter sofrido agressão, o número de casos de violência contra a mulher no Brasil ainda é grande. Há de se falar também do incentivo a prática da violência nas redes sociais, como reunião de usuários que praticam violência sexual em ônibus e metro. O que é um absurdo, haja vista que o incentivo a prática de violência de qualquer forma é um crime, passivo de sanção na esfera penal. Ademais a persistência da violência contra a mulher, que vai de uma cantada com um gesto obsceno até a morte da mulher, está na contra-mão de uma sociedade ideal. É indubitável, portanto, medidas para extinguir a cultura da violência contra a mulher. O agravamento de sanções penais para quem pratica essa violência é fundamental. Uma outra medida seria a regulamentação e fiscalização da violência nas redes sociais, por meio de órgãos especializados da policia federal, e a devida adequação ao processo penal brasileiro. Por fim, se medidas como essas forem adotadas, cenas como as de violência sofrida pela secretária Maria, se tornaram menos frequêntes.