Durante muitos séculos a mulher foi inferiorizada pelas mais diversas sociedades patriarcais. Nesse sentido, a condição biológica de ser menos forte fisicamente, somada a ideologia machista, contribuem para que elas sejam alvo de agressões majoritariamente pelos homens, sendo estes, em sua maioria, seus companheiros. Além disso, mesmo com leis recentes que visam garantir a segurança feminina, é preciso fazer a mulher ser reconhecida plenamente na sociedade. Em primeiro lugar, a mulher se sente insegura quanto a denunciar seus agressores. Isso é notório, uma vez que estes algozes são formados principalmente na figura do marido, fator preponderante para poupá-los da devida punição. O medo, portanto, advém do que mais ele pode fazer com ela após pagar pelo crime, podendo chegar a cometer homicídio. Felizmente, pensando nisso, recentemente foi instaurada a lei do feminicídio, que considera crime hediondo qualquer violência praticada contra a mulher apenas pela sua condição de gênero. Em segundo lugar, apesar de que a mulher ter conquistado seu espaço de forma mais significativa após a primeira guerra mundial, a crença de que o homem é superior ao sexo feminino ainda é marcante. Nessa perspectiva, verificamos que a ocupação de cargos importantes, e o próprio direito de voto a partir do governo de Getúlio Vargas, deu mais visibilidade à mulher. No entanto, a disparidade de salários entre os sexos, trabalhos destinados ao sexo feminino, como doméstica, reforçam a subjugação de um gênero ao outro. Podemos inferir, portanto, que a condição inferior feminina é histórica, perdurando com ideologias machista e arcaicas até os dias atuais. Por isso, a escola pode promover nas aulas debates que promovam a reflexão da importância da mulher na sociedade, bem como referenciá-las através de mulheres que fizeram muito pelo mundo. Além disso, a mídia, como elemento persuasivo, pode fazer suas propagandas com mulheres em condições iguais as dos homens, na qual possuem os mesmos direitos e deveres, assim como está garantida em nossa constituição de 1988.