A violência contra a mulher tem aumentado consideravelmente nos últimos anos, segundo dados divulgados pelo Mapa da Violência. Embora exista a lei Maria da Penha atuando na punição dos agressores, a situação não parece ter amenizado. A violência sofrida pela mulher acomete várias esferas, tais como a física, psicológica e sexual. A lei Maria da Penha foi uma conquista bastante comemorada pelas mulheres brasileiras e embora seja uma das leis mais difundidas no Brasil, ela não é capaz de combater com eficácia a violência contra a mulher. De acordo com dados do Conselho Nacional de Justiça, no período entre 2006 e 2011 foram registrados mais de 300 mil processos de violência contra a mulher, dos quais apenas 33,4% foram julgados. Isto é, mais da metadee dos processos não tiveram um desfecho. A certeza da impunição ou a morosidade atribuida ao julgamento dos processos da lei Maria da Penha atuam diretamente na persistência dos agressores em aferir atos de violência contra a mulher. É imprescindível a alteração desse quadro, aumentando-se a quantidade de varas e juízados especializados nesse tipo de processo, visando uma maior agilidade no julgamento dos mesmos. Campanhas de combate e de denúncias devem ser veículadas pelos diferentes meios de comunicação, tendo como objetivo uma maior abrangência a causa. Centros de apoio à mulher violentada devem ser criados visando o compartilhamento de experiências a fim de superação emocional, acompanhados por especialistas de diversas áreas. A punição aos agressores deve ser rígida, fazendo com que dessa forma a sensação de impunidade seja minimizada.