O consumo alienado progrediu, nos últimos tempos, devido a introdução de ideologias capitalistas na cultura nacional. Assim, as indústrias culturais disseminam valores hedônicos nos quais influenciam indivíduos heterônomos a comprarem além da necessidade e, muitas vezes, mais do que a própria capacidade financeira. Ademais, a aceitação da sociedade atual depende da posse de bens do sujeito. De modo geral, ser cidadão é, na mentalidade dos contemporâneos, possuir alto poder aquisitivo. Levando em consideração que a classe dominante é detentora de vantagens sociais (melhor qualidade de vida, saúde, educação, etc.), percebe-se a desigualdade de direitos, fazendo, nesse sentido, da imagem do "burguês capitalista" um estereótipo utópico para os menos favorecidos. Entretanto, apesar de não apresentarem capital suficiente, estes expressam o sonho de elevação da classe social por meio da ostentação. Somado a isso, a indústria cultural está promovendo músicas hedônicas, fazendo apologias a objetos de luxo. Por esse motivo, mesmo em crise financeira, os brasileiros continuam a comprar produtos importados, agravando a situação econômica do país. Dessa maneira, grande contingente de ostentadores não são, na realidade, o que demonstram visualmente. Portanto, os cidadãos autônomos são aqueles cujo caráter está em um consumo consciente. Doravante, o governo federal deve aumentar a tarifa alfandegária durante as crises econômicas para impedir o excesso de compras, evitando, desse modo, dívidas externas. Além disso, organizações não governamentais, por meio de palestras e teatros, podem conscientizar a população acerca dos valores contemporâneos, resgatando o real conceito de cidadão. Feito isso, a sociedade ostentará uma iminente igualdade social.