A partir do século XIX, com o surgimento da ideologia fordista, os produtos industrializados passaram a ser produzidos de maneira desenfreada, com intuito de buscar novos mercados além das fronteiras nacionais. Com o constante lançamento de novos produtos no mercado, foi introduzido na cultura ocidental à idéia do consumo ligado ao prazer. Desse modo, é comum hoje no mundo contemporâneo presenciarmos a consumação desenfreada nos países capitalistas, o poder de influencia da mídia e do marketing, além dos graves prejuízos que essas atitudes causam ao meio ambiente. Em muitos lugares – principalmente nas regiões mais ricas - é comum nos depararmos com o consumismo sem controle. A prática do valor de consumo, sem a real necessidade é comum dentro de muitas famílias brasileiras, uma vez que, a mídia e o marketing bombardeia esse lares com pressuposto de felicidade e prazer agregado aos produtos. Por meio de propagandas, o consumidor é conduzido ao pensamento de ostentação, ou seja, a necessidade da obtenção faz com que a vida do cidadão depende daquela aquisição . Com esta forte idéia, pode-se dizer que o produto carrega com si não apenas a funcionalidade do objeto, mas também o valor que nele foi agregado. Assim, forma-se um ciclo, onde a compra nunca é demais, remetendo o mundo a uma crise ambiental. A alta necessidade de produção - para o saciamento do mercado consumidor – depende da extração de recursos naturais. Logo, à medida que as sociedades crescem, a demanda tende a acompanhá-las, gerando aí uma maior procura de matéria prima, esgotando a capacidade da natureza, causando graves problemas ambientais. Portanto, pode-se notar que o simples surgimento de um novo modelo de produção muda muitas vezes toda a estrutura de uma época, modificando as relações existentes entre o homem e o território, o fazer e o consumir . Dessa forma, é necessário que a sociedade pare e repense nos seus princípios e no seu modo de conduzir suas necessidades e atividades, aplicando novas técnicas de controle da obtenção daquilo que é realmente necessário à sobrevivência do próprio homem.