Mal sabiam os jovens que assistiram ao filme Matrix que tal conteúdo relatado fosse se encaixar com o estilo de vida da juventude brasileira atual. O filme, cujos personagens vivem em um mundo, até então, totalmente destituído de uma verossimilhança externa, passa a fazer sentido no momento em que os jovens querem aparentar ter e fazer o que não são, vivendo assim, em um mundo paralelo. É preciso, então, equilibrar as falsas sensações que o consumismo e a ostentação trazem com a realidade. Esta postura de consumo que torna-se exarcebada são devidos à aspectos sociais e psicológicos. Em um mundo onde cada vez mais o "ter" ganha da condição "ser", é necessário que, para esses jovens de classe social geralmente menos abastadas comprem roupas de marcas consagradas ou pelo menos cópias fiéis das mesmas para se destacarem e também se adequarem em um determinado grupo de amigos, sob pena de exclusão caso não apresentem tais requisitos. Ainda assim, é importante corroborar a influência que a mídia e os meios de comunicação em geral têm em relação aos adolescentes. A juventude sempre se inspirou em herois para construir seu padrão comportamental. Porém, a mídia hoje através de telenovelas, onde personangens usam meios pouco éticos para conseguirem seus objetivos, bem como a explosão de MC's, pregam a necessidade do ter a qualquer custo os valores difundidos, deturpando assim a realidade e criando uma felicidade momentânea em adolescentes pouco conscientes. Portanto, é preciso que a sociedade como um todo ajude a construir valores reais a serem seguidos. Aos familiares, por exemplo, cabe criar um maior senso crítico nos menores ao mostrar as consequências de um consumo desenfreado bem como a noção de que os valores morais são de maior importância que os materiais, onde cada pessoa dever ser valorizada de acordo com seus princípios morais e não bens materiais. Só assim os jovens de hoje poderão superar o mundo paralelo criado em filmes como Matrix.