A "ostentação" é um "problema" muito discutido atualmente no Brasil. Ostentar passou a ser sinônimo de exibir produtos de luxo nas redes sociais e em locais públicos. A elite econômica do país, representada por antropólogos e a grande mídia, afirma que a "ostentação" é ruim já que aumenta o consumismo; especialmente entre jovens. Entretanto, o grave problema não é esse, a questão a ser discutida é o preconceito contra que passou a comprar produtos de luxo, uma vez que nunca foi discutido o exibicionismo da elite nacional, mas agora esse é um problema se jovens de periferia decidem se exibir. Focar no consumismo exercebado como causa e efeito negativo da ostentação é uma maneira discreta de mostrar incômodo com as roupas e os locais que as classes C, d e E passaram a frequentar.O chamado "rolezinho é um exemplo claro, esse termo é sinônimo de invasão e bagunça quando na verdade é apenas a classe A de São Paulo que se incomodou grandemente com jovens de periferia nos shoppings de luxo. "Ostentação" é um adjetivo criado pela elite brasileira para designar um comportamento normal de jovens, mas que passou a ser um grave problema social.É necessário ter conhecimento de que jovens usando produtos de luxo é bom para a economia do país já que aquece esse mercado de luxo decadente em tempos de crise, além disso essa juventude de baixa renda também quer usufruir de produtos de melhor qualidade, e se a renda lhes permite isso não existe problema e sim "recalque", termo criado para ser sinônimo de inveja. Diante do que foi exposto, a elite brasileira necessita de reavaliar conceitos que vem de berço, um desses é o de que pessoas pobres não podem se vestir bem. A mudança de mentalidade passa por duas soluções; primeiro a grande mídia deve parar imediatamente de transformar em algo ridículo o fato de ser pobre no país e segundo a educação nas escolas elitizadas deve incluir disciplinas voltadas para a aceitação do próximo de maneira universal.