Estamos numa era que o ter excede o ser.Hoje, as marcas das vestimentas e o celular da moda ofusca o seu caráter; ostentar o consumismo chega ao extremos de uma fartura sobre a mesa não agradar tanto quanto acessórios fúteis que serão expostos aos afins. Com a ascensão social das classes mais baixas dos brasileiros, surge a necessidade de mostrar a riqueza material para aparentar poder. Nascido na Revolução Industrial o consumismo é,na atualidade um dos cânceres da humanidade. Devido a velocidade incomparável das transformações tecnológicas e o surgimento de novos padrões e modas, a lógica da consumo é substituída pela a do mercado, cujo consumir por necessidade deu lugar ao comprar por comprar ,ou seja adquirir o produto só porque esse é novidade, irá impressionar ou será a porta de entrada para uma vida burguesa admirada. O que está por de trás das roupas deixou de ser algo valorizado, a essência do indivíduo fora perdida pela quantidade de zeros a direita a etiqueta possuir. Enquanto estiver em vida isso poderá fazer algum sentido, todavia quando esta acabar qual será o legado deixado? Nenhum; o ser se perdeu,contudo é isso que é perpetuado e não o material que de alguma forma,mais cedo ou mais tarde, será degradado, pois. Fica claro,por conseguinte, que as pessoas tornaram-se manequins de vitrines,uma vez que, para serem observadas precisam estar bem produzidas. Faz-se necessário ,então, que cada indivíduo volte a valorizar o seu "eu", que o racionalismo e o humanismo retornem como nos tempos de luz para assim a admiração seja conquistada a partir de grandes feitos e não por futilidades como o modo de vestir-se; essa mudança no pensar demanda tempo e auxílio da mídia -maior propagadora de ideologias para a massa.