O sociólogo polonês, Zygmunt Bauman, usa o termo "modernidade líquida" para designar a deterioração do tecido social. A finalidade da metáfora usada por Bauman é evidenciar a inversão de valores vigentes na sociedade atual que preconiza o reconhecimento social em detrimento da sua própria subjetividade. Diante de um cenário mundial desenvolvimentista e tecnológico, a busca por falsas sensações de aceitação tem sido acentuada. As pessoas têm trocado sua originalidade por produtos que lhes associem a uma determinada classe social que, por vezes, não pertencem. O ego tem sido preenchido com curtidas em redes sociais e os indivíduos têm perdido sua identidade enquanto ser singular. Além disso, essa busca por reconhecimento, quando não alcançada, pode desencadear problemas psicológicos como frustrações e complexos de inferioridade. O verbo ostentar, que significa exibir com alarde, define com exatidão a postura desse crescente número de pessoas que veem sua maior potencialidade no exterior. Como afirma Juvenal Arduini, antropólogo brasileiro, as reais potencialidades do ser humano são intrínsecas e não palpáveis, um exemplo é a criticidade. Por meio do senso crítico é possível rejeitar a massificação de pensamentos imposta à sociedade pelos meios de comunicação. Nessa perspectiva, é de fundamental importância que as escolas e as famílias estejam aliadas alargando a visão dos alunos no que se refere ao real intuito do capitalismo, que é a padronização. Estimular nas crianças e nos jovens, que são os mais atingidos por esse fenômeno, o desenvolvimento de um senso crítico através de projetos sociais de inclusão aplicados pelo governo, permite que o "eu", de fato, apareça na sociedade de massa. Redação redigida em aproximadamente 1h.