Segundo o sociólogo Thorstein Veblen, o consumo ostentatório se generalizou na década de 1960 nos Estados Unidos. É possível afirmar que entre os jovens brasileiros de classe média e baixa, o consumo exagerado e a ostentação vem crescendo desde 2008, com a popularização do "Funk Ostentação". Este comportamento irracional e confuso faz com que indivíduos gastem suas economias e grande parte do seu salário em bens supérfluos, afim de manterem a falsa imagem de que podem sustentar tudo aquilo. Com o sucesso do "Funk Ostentação" muitos jovens brasileiros sentiram vontade de "fazer parte da festa", ter o que os artistas tem e viver bem. Isso ocasionou uma mudança de comportamento e de consumo, onde os bens supérfluos tornaram-se prioridade na vida de um jovem, mesmo que o custo disso seja todo seu dinheiro. Dando como exemplo a entrevista de uma beneficiária do Bolsa Família, que disse: "Uma calça para uma jovem de 16 anos é mais de 300 reais". Deixando claro que bens não-duráveis se tornaram prioridade na vida de pessoas (principalmente jovens) da classe baixa e média. Além disso, os valores sociais estão sendo substituídos por "aparência", onde o importante é se vestir bem e ter poder de consumo. Afim de disfarçar inseguranças e um modo de vida pacato, estes jovens dão sangue e suor nos trabalhos para sustentar um modo de vida não condizente com sua condição de vida. Em suma, esses jovens fazem de tudo para manter um mundo de aparências, tentando se encaixar na "alta sociedade". Para que este problema seja amenizado ou resolvido, é necessário que o governo implemente nas escolas projetos de educação financeira, afim de conscientizar e mostrar os problemas que o consumo desenfreado pode causar futuramente. Não só isso, mas é imprescindível que a mídia dê atenção para este tema, procurando informar a população a importância de se controlar o dinheiro que entra e o que sai.