No século XX, com o aumento do consumismo devido ao avanço do capitalismo mundial, o marketing surgiu em torno da mercadoria como meio de instigar a compra, acarretando uma das maiores crises da humanidade, A Grande Depressão, influenciada pelo "american way of life", segundo o qual, o nível de felicidade de uma pessoa podia ser medido pela quantidade de bens que ela conseguisse adquirir. Na era hodierna, esse pensamento ainda reina, mas com outro nome, a ostentação. Em primeiro plano, há de ressaltar a atuação da mídia quando se é falado em consumismo. De acordo com Theodor Adorno, a "indústria cultural" é tudo que é produzido para atingir as massas populares e que é disseminado pelos veículos de comunicação, que molda a mentalidade dos que aderem a ela inconscientemente e semeando a resignação na população que se encontra inerte diante de um sistema implacável que desfigura a essência do ser. Por conseguinte, o indivíduo sente-se insatisfeito em não possuir o tal produto que vê na televisão e se endivida para sentir-se incluído na sociedade. Outrossim, a população brasileira não sabe administrar seu dinheiro. Em uma pesquisa recente feita pela USP com jovens da periferia, consta que 97% dos entrevistados gastariam R$500,00 com roupas de grife, caso os possuíssem.Muitos se endividam e gastam o pouco dinheiro que tem comprando artefatos que, muitas vezes, não possuem grande utilidade no seu cotidiano, e são supérfluos, mas compram por puro exibicionismo. Portanto, já que a esfera publicitária é o motor que move as engrenagens da indústria cultural e aliena as mentalidades despreparadas, é cabível que esse filtre suas propagandas, não exibindo assim, a obtenção dos produtos como forma essencial para felicidade, assim como a instituição escolar somada a familiar .devem instruir um senso crítico e cético desde a juventude para que se tornem adultos pensantes e não alienados aos bombardeios midiáticos. Com este manancial de recursos, é possível criar modalidades de resistência a essa cultura impositiva.