O mundo atual vive em uma modernidade líquida. Os indivíduos estão se tornando máquinas movidas a dinheiro. Com isso, a humanidade sacrifica a natureza e as relações sociais buscando o lucro. Perde-se assim, a essência humana primordial e a esperança de uma felicidade eterna. O homem desenvolveu a cultura de almejar uma ascensão socioeconômica. Essa busca por “status” acaba desviando-o das decisões que são condizentes a sua condição financeira. Inicia-se dessa forma, um ciclo vicioso de endividamentos no momento no qual a pessoa não tem consciência do seu próprio poder de compra . Devido a essa aglomeração de dívidas, o indivíduo sacrifica-se para poder pagá-las e também para poder gastar mais. Entretanto, o mesmo acaba perdendo os seus valores, negligenciando os relacionamentos sociais e não usufruindo os importantes momentos da vida. Tal conduta evidencia-se na seguinte frase de Vinícius de Moraes: “A gente trabalha o ano inteiro por um momento de sonho, para tudo acabar na quarta-feira”. Porém, é indiscutível a existência da busca pela felicidade através do poder monetário. Entretanto, o ser humano não percebe a curta durabilidade da mesma e não consegue aceitar que esta pode ter origem de diversas maneiras. Destarte, de nada vale uma conta bancária cheia, se possuístes um coração vazio. Conclui-se que a humanidade necessita valorizar aquilo que não se compra. Para isso, deve-se existir primeiramente uma educação familiar mais sólida sobre a diferença entre poder e quer e também um planejamento financeiro individual.