A ostentação mantida pela compra compulsiva não é um quadro exclusivo da contemporaneidade, mas essa atitude ficou mais acentuada com a disseminação rápida das informações por meio das redes sociais. Será que ao longo da história a ostentação e o consumismo continuaram ou o ser humano apenas mudou o uso dessas duas palavras? Durante a Revolução Francesa, a população daquele país vivenciou, e manteve, a construção do monumento mais luxuoso da Europa: o Palácio de Versalhes. Construído por Luis XIV, esse palácio até hoje é uma demonstração de que o ser humano recorre ao consumismo para mostrar que riqueza é sinônimo de ser nobre. Já nas décadas atuais, tem-se presenciado o auge das redes sociais e com elas vieram a ascensão das blogueiras: mulheres de classe média alta, que expõem as roupas e acessórios usados no dia a dia. Movidas a alcançar o mesmo status dessas blogueiras, muitas adolescentes compram descontroladamente, chegando até mesmo a endividar-se, para simplesmente sentir que estão em uma vida cheia de luxo e glamour. De acordo com os fatos relatados, percebe-se que o consumismo, que ajuda a confirmar que ter é a única forma de alcançar boa reputação social, não é um traço próprio da modernidade, que foi acentuado pela atividade das blogueiras. Assim, deixa claro a necessidade das escolas em ensinar valores humanísticos que venham evitar que a nova geração seja movida a esnobar para "subir de vida".