O aumento da renda per capita propiciou a ampliação do consumo na sociedade brasileira. Grande parte dos jovens influenciados pelo 'funk ostentação'-estilo de música que enaltece os bens de consumo em detrimento do individuo-, estão se tornando compradores compulsivos em busca de reconhecimento na sociedade. Entretanto, tal pratica sem uma educação financeira de base, contribui para o aumento da violência e do endividamento nos grandes centros urbanos. Em busca de reconhecimento da sociedade, jovens, muitos deles marginalizados; sem perspectiva de vida, estão optando pelo mundo do crime, para se enquadrar em certos grupos sociais que usam a ostentação para demonstrar seu real valor para a sociedade, sem se preocupar com os valores éticos. A revolução informacional, ocorrida a partir da segunda metade do século xx, possibilitou a diminuição das distâncias, tornando as fronteiras mais fluidas, permitindo o surgimento de uma aldeia global, ou seja, algumas sociedades influenciadas pelos mesmos meios de comunicação, que compartilham seu estilo de vida, corroborando para uma massificação da cultura-cultura global-. O "american way of life"(o estilo de vida americano) foi o lema usado pelos americanos,na guerra fria, para enaltecer a qualidade de vida do sistema capitalista, em detrimento ao sistema socialista. Essa qualidade de vida era marcada pelo consumismo, que traria um sentimento de felicidade. Nos últimos anos o número de brasileiros com dívidas de cartão de crédito aumentou vertiginosamente, ocasionando o endividamento de boa parte da população. Tendo em vista tais aspectos, faz-se necessário que o ministério da educação introduza a educação financeira como matéria obrigatória nas escolas públicas, e ministre palestras alertando aos pais, que por sua vez, devem cumprir seu papel na formação de valores de seus filhos. Além disso, devem introduzir seus filhos no planejamento da renda familiar para que os jovens cresçam com uma visão critica da forma de gastar dinheiro, em detrimento do supérfluo. É importante a final que os futuros consumidores, não sejam, os futuros endividados.