Título da redação:

Casamento perfeito

Tema de redação: A ostentação e o consumismo.

Redação enviada em 19/04/2016

O consumismo e a ostentação no Brasil parecem crescer lado a lado, e muitas vezes podem se entrelaçar. Com o passar dos anos a cultura da ostentação cresce, ganhando espaço na mídia e atingindo as mais diversas camadas sociais, algo impossível há alguns anos atrás, uma vez que a cultura da ostentação surgiu nas classes mais pobres, nas favelas. O fator impulsionador da ostentação nos mais diversos tipos sociais é o consumismo, que desde a revolução industrial se tornou essencial para o desenvolvimento econômico e consequentemente sustentador da sociedade como um todo. Desde a revolução industrial a industrialização, o capitalismo, se globalizou e chegou com força no Brasil na primeira metade do século XIX e desde então se iniciou o pensamento consumista “quanto mais, melhor”. O Brasil foi colônia Portuguesa e como tal possui fortes laços com o catolicismo, que possui uma moral e ética de humildade. Como em todas as sociedades a religião influenciou na forma de pensar, e o comportamento das pessoas, e no caso do Brasil, o ideal de comportamento humilde era forte até algumas décadas atrás fazendo com que as pessoas ao invés de se vangloriarem por suas qualidades a inimizassem em nome de uma “humildade”. Apesar disso, as raízes católicas estão mais fracas na sociedade, a medida que o consumismo, na virada do século XXI, estava com a força toda. Construiu-se no brasileiro uma sociedade puramente estética e plástica, onde o corpo e os bens falam por você na primeira impressão, onde a realização de um jovem é ter seu carro da melhor marca, melhores roupas, melhores aparelhos eletrônicos, enfim, ostentação. Essa ostentação se da pela necessidade de se mostrar pertencente de uma camada social privilegiada, necessidade de se mostrar participante da cultura internacional, de países ricos. O prejudicial nesse casamento perfeito, o consumismo e a ostentação, é a falsa ilusão de inclusão social, falsa sensação de pertencer a uma pequena camada rica, quando na verdade esse consumo exagerado apenas gira o mercado e cria nas pessoas, desde jovens, a sensação de que a felicidade é igual a bens, qualidade desses bens e status.