Nos últimos anos, um novo gênero do funk vem ganhando atenção tanto nas ruas como na mídia: o funk ostentação. O incentivo exagerado ao consumismo, só pelo prazer de estar comprando, e, como o próprio nome diz, ostentando, acaba por influenciar jovens de todas as partes do país a comprarem sem limites com a ilusão de que, assim, conseguirão prestígio, respeito e felicidade da noite para o dia. Uma boa saída para esse problema é a conscientização desses jovens sobre as consequências do consumismo exagerado tanto para eles quanto para o planeta. Em uma pesquisa recente feita pela USP com jovens da periferia, consta que 97% dos entrevistados gastariam R$500,00 com roupas de grife, caso os possuíssem. É inimaginável que um cidadão prefira gastar todo o seu dinheiro com coisas supérfluas do que comprar as coisas básicas e necessárias do dia-a-dia. A própria mídia, que muitas vezes estimula o consumo, poderia contribuir na conscientização dessas pessoas ao fornecer programas educativos ou disponibilizar um espaço nas propagandas onde apareçam artistas e/ou autoridades falando e mostrando, por exemplo, o avolumado de lixo que cresce com o consumismo e acaba muitas vezes sem destino. Além disso, programas de educação financeira poderiam ser implementados nas escolas, podendo ajudar crianças e adolescentes a planejarem melhor suas finanças. Em vista do que foi dito, é válido repensar o foco que se dá a essa ostentação, tendo como consequência cidadãos consumistas e sem comprometimento com o planeta. Para isso, nada melhor do que as medidas supracitadas. Assim, salvaguardamos não só o futuro financeiro de nossos jovens como também o futuro de nosso planeta.