O consumo de produtos caros existe desde o comércio das privilegiadas especiarias, há séculos. Entretanto, atualmente isso ocorre de forma desenfreada, já que a economia se tornou mais forte no mercado, aumentando a venda de itens de necessidade secundária, ao mesmo tempo que muitas pessoas os consomem visando a aprovação social e esquecem do que é realmente importante. Não é de hoje que o '' ter '' é mais importante que o '' ser ''. Os antigos reis são caracterizados por estarem sempre exibindo seus trajes caros e aquisições, criando uma '' máscara '' por cima de quem eles realmente eram e fazendo com que a população os aprovassem e idolatrassem. É em busca dessa aprovação que hoje há aqueles que mostram, através da ostentação, seu poder de consumo, que muitas vezes não é alto como aparenta. Sabe-se que ninguém pode definir ao próximo o que é prioridade ou supérfluo, mas a ostentação não deveria ser mais importante que a saúde, educação e uma casa digna, por exemplo. Pessoas que já passam por dificuldades financeiras para suprir essas necessidades básicas devem consumir os bens secundários depois de um bom planejamento das dívidas, para que as mesmas não acumulem e gerem uma verdadeira '' bola de neve '', o que ocorre frequentemente no Brasil. É fundamental mencionar também, que o atual '' funk ostentação '' induz o telespectador ao consumo exacerbado, principalmente de produtos que fazem parte do modismo e alienação, através da mídia e internet. Além disso, traz nas letras de suas canções, a mulher como objeto de desejo que se torna íntima do homem com roupas caras, jóias e carros de luxo, gerando grande desvalorização à imagem dela. Essa cultura deve ser limitada, tendo em vista que cria necessidades falsas nas pessoas. Dessa forma, é possível perceber que o '' funk ostentação '' é uma barreira para a formação crítica das pessoas quanto ao consumo. Portanto, é essencial uma ação de órgãos como o EBC ( Empresa Brasil de Comunicação ) para limitar o teor de influência ao consumismo nas letras de suas músicas. Além disso, o telespectador deve ter plena consciência de que um mau planejamento traz seu endividamento e, portanto, deve investir primeiramente no que é mais importante: suas necessidades básicas.