A felicidade do homem moderno consiste na fruição de bens de consumo. E os seus desejos não são só de produtos mas também de afeto e status. Consumimos pão, circo, luxo e ostentação. Há a crença de que é preciso consumir para poder existir. A mídia através de suas propagandas já cumpria muito bem o seu papel na multiplicação de ícones e tendências. Mas o que potencializou o surgimento da sociedade do espetáculo foi o advento das redes sociais, pois são através destas que o indivíduo pode se mostrar ao mundo. O parecer e o ter, tornou-se mais importante do que o ser. Bauman em seu livro "Vida para consumo" nos mostra que, o que acontece é a transformação dos indivíduos em mercadorias, pois nesta sociedade de consumidores há uma incessante busca em tornar-se uma "mercadoria desejável" para que assim se possa ser aceito, notado, seguido e valorizado. E em busca dessa aceitação é que um estilo musical tem se tornado famoso entre os jovens da periferia é o chamado "funk ostentação". Os temas centrais das músicas se referem ao consumo e a necessidade de mostrar luxo e riqueza. Muitas dessas pessoas diminuem seu conforto e necessidades para que possam estar na moda. O reconhecimento do indivíduo está atrelado ao seu poder de consumo e assim vemos que este se tornou um agente de segregação. Fica evidente portanto que é preciso que o Estado crie medidas que visem a igualdade social como a educação financeira nas escolas, e uma melhor distribuição de renda para que assim todos possam ter acesso ao consumo mas de uma maneira consciente, pois assim contribuímos para que a economia do país gire mas também para que tenhamos uma sociedade mais justa e igual.