Ostentar é o ato de possuir muitos bens, geralmente valiosos, e se exibir exageradamente por isso. A ideia, muito difundida atualmente por conta do capitalismo e da importância dada ao dinheiro, é de que quanto mais se tem, mais feliz e melhor do que os outros você é. Isso tudo pode ser relacionado ao conceito de status social, ou seja, a posição do indivíduo em uma sociedade, que reflete a uma autoafirmação constante do poder e riqueza de uma pessoa. Assim, a perda de dinheiro e status faz com que muitas pessoas cheguem a se matar por conta disso, caracterizando um problema social que deve ser combatido. Com o surgimento do modelo fordista de produção em larga escala, foi necessário desenvolver uma sociedade que comprasse na mesma proporção, ou seja, criou-se uma política consumista. Esse processo foi e é intensificado pelas mídias através de propagandas e pelo desenvolvimento acelerado da tecnologia. Esses últimos forçam as pessoas, ainda que inconscientemente, a crerem que ter, por exemplo, um celular de última geração (que é mais caro) é sempre melhor do que o que já se tem, ainda que esse esteja funcionando adequadamente. De acordo com Epicuro, a felicidade está em se contentar com o pouco, evitando desejos não naturais e desnecessários como riqueza, fama e poder, os quais geram uma noção de falsa felicidade. Um exemplo disso, ocorreu em 1929 durante a Grande Depressão. Por conta da grave crise econômica, teve-se um suicídio em massa, já que muitas pessoas se desesperaram pela falta de dinheiro e achavam que suas vidas tinham acabado por causa disso. Diante do exposto, vê-se a necessidade de resolver esse problema. É imprescindível que as instituições escolares, em conjunto com a família, ensinem através de conversas e debates, sobre os impactos da ostentação e do consumo exagerado para a sociedade e, principalmente, para o indivíduo. É necessário orientar para o fato de que felicidade não está associada diretamente a bens e poder. Assim, deve-se ter incentivo ao consumo sustentável, ou seja, consumir apenas o necessário e ensinar a como lidar em situações de falta de dinheiro. Dessa forma, é possível formar pessoas mais conscientes e preocupadas com o que são e não com o que possuem.