A indústria do consumo é a maior plataforma de aproximação do contingente populacional aos lançamentos e as opções contidas no mercado. Porém, a necessidade temporária de se satisfazer e ser reconhecido por uma sociedade superficial vem transformando as pessoas não só em mercadores, mas também em mercadorias. No livro Vida para o consumo, de Zygmunt Bauman, o autor e sociólogo trata sobre o conceito de sociedade líquida, que ao contrário da que existiu no século XX, não pensa a longo prazo e não tem a sua força voltada para o alcance de um objetivo. Sendo assim, o que antes tinha valor na durabilidade de um produto, hoje está focado nos desejos imediatos do século XXI. Em relação a essa mudança social, é possível notar o vício que os indivíduos têm pela exposição de suas vidas pessoais e conquistas materiais. A sociedade confessional, como é caracterizada, sente a necessidade de partilhar seus feitos como se fosse um dever público. Desse modo, tem-se os meios de comunicação e as redes sociais como as maiores plataformas de “adequação social”. Com o propósito de entender melhor essa situação, é fácil perceber que as pessoas estão sendo estimuladas a se promover como mercadorias em uma vitrine. A crescente procura pela ostentação de recursos disponíveis para o enquadramento social leva os indivíduos a uma constante relação entre o que são, qual é o seu “valor de mercado”. Para reverter esse cenário, é preciso que a mídia não estimule, com propagandas forçadas de publicidade, o consumismo exacerbado, para que haja a construção de uma sociedade menos influenciável. Além de ocorrer a iniciativa dos meios educacionais ao promover a implantação da educação financeira nas escolas, para que os alunos se familiarizem com o conceito de dinheiro e economia desde cedo.