Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A mulher brasileira no mercado de trabalho

Redação enviada em 08/05/2019

O filme "As Sufragistas" expõe a situação enfrentada pelas mulheres no ambiente de trabalho, no contexto da Revolução Industrial, em que elas trabalhavam nas mesmas condições dos homens, muitas vezes de modo mais excessivo e, ainda assim, recebiam menos do que eles. De modo semelhante, hodiernamente, percebe-se que inúmeras cidadãs ainda sofrem com as disparidades existentes no mercado trabalhista em diversos países do mundo, inclusive no Brasil, e isso se revela como um problema que precisa ser revertido. Nesse sentido, na sociedade brasileira, entender e contornar essa questão esbarra em desafios como os vestígios de um passado patriarcal, bem como a negligência estatal frente ao rompimento desse impasse. Primeiramente, é notável que, desde a formação do Brasil colonial, as mulheres sempre foram subjugadas e tiveram a sua figura sobreposta pela dos homens, que determinavam seus papeis e valores na sociedade. Partindo dessa referência, vê-se que o reflexo daquele período conduziu às diferentes formas de preconceito que elas sofrem na contemporaneidade, que se expressam por meio de menores salários para as mesmas funções exercidas pelos homens, de piadas inconvenientes sobre a suposta "fragilidade" feminina e, até mesmo, do assédio moral e sexual. Destarte, é necessário que os grupos feministas continuem a clamar por igualdade e respeito, uma vez que é preciso admitir novas realidades e romper com os esteriótipos criados ao longo do tempo, além de convocarconvocar mais cidadãos para alterar esse quadro, pois já dizia Rui Barbosa que "Quem não luta pelos seus direitos não é digno deles". Outrossim, é visível que a falta de medidas aplicáveis do poder público, que atuem em benefício dessas mulheres, contribui para que essas injustiças ocorram constantemente. Relativo a isso, é lamentável saber que, apesar da existência de leis trabalhistas sobre a equiparação salarial, a ausência de fiscalização nos estabelecimentos empregatícios dificulta a solução desses imbróglios. Consequentemente, as mulheres, por causa das brechas existentes na legislação, além de ficarem sujeitas aos menores salários, temem denunciar as empresas por medo de serem demitidas e saírem prejudicadas. Por isso, é imprescindível que as autoridades do país se atentem ao exercício das leis referentes a esse tema, para que elas tenham a quem recorrer nesses casos. Sendo assim, diante dos argumentos supracitados, medidas são indispensáveis para a alteração do cenário vigente. Para tanto, é fundamental que o Ministério do Trabalho, juntamente com os Governos Municipais, atue incisivamente no cumprimento da lei referente à equiparação salarial e no estímulo à realização de denúncias em casos de assédio, por meio da criação de comitês municipais que investiguem periodicamente e punam os estabelecimentos que não cumprem as diretrizes trabalhistas, com o fito de promover uma maior igualdade de direitos não só nessa esfera, mas em todos os âmbitos do país, além de valorizar a mão de obra feminina e estimular a sua incrementação no mercado formal. Desse modo, será possível assumir novas perspectivas sociais, cada vez mais diferentes daquelas vivenciadas pelas sufragistas.