Título da redação:

Educar para Progredir

Tema de redação: A intolerância religiosa no Brasil

Redação enviada em 28/07/2017

Desde a vinda para o Brasil de negros escravizados no período de colonização, a religião praticada pelos portugueses esteve acima de todas as demais, proibindo-se cultos e ritos de origem africana. Assim, a sociedade brasileira formou-se com demasiado preconceito, rejeitando as demais culturas sem berço europeu. Nesse sentindo, percebe-se formas de violência cultural e a necessidade do Brasil posicionar-se de forma imparcial perante à diversidade religiosa encontrada em solo nacional. A discriminação histórico-cultural presente no Brasil, acarreta uma série de preconceitos e mitos – ensinados à maior parte das crianças -, além da prática de violência psicológica e/ou física contra praticantes de determinadas religiões. A série de reportagens publicadas pelo O Globo, mostra que os fiéis da umbanda e candomblé – 700 mil pelo Censo 2016 – foram vítimas de 22 das 53 denúncias de intolerância religiosa recebidas pelo Disque 100; além disso, registrou que em um grupo de 840 terreiros, 430 foram alvo de discriminação no primeiro semestre, sendo 57% dos casos em locais públicos. Ademais, a formação da República do Brasil em 1889 quebrou a ligação entre Governo e Igreja Católica – presente na Monarquia Absolutista – tornando laico o Estado brasileiro. Tal laicidade não deveria permitir a formação da chamada “bancada evangélica” na Câmara dos Deputados ou a prática de ritos religiosos no Congresso Nacional, como orações e cânticos; pois, dessa forma, a primícia do Estado como laico, está sendo quebrada. Fica evidente, portanto, que o Governo brasileiro precisa posicionar-se imparcialmente perante escolhas individuais do “eu privado”. Dessa forma, faz-se necessário a maior eficácia de leis contra o desrespeito a fé alheia, com penas mais severas. Além disso, a educação como fonte de progresso e formação do indivíduo, deve estar presente no quesito religião e, portanto, o Estado deve implantar o ensino religioso, no ciclo fundamental, em que a grade contemple todas as religiões encontradas no Brasil e suas respectivas histórias; para que enfim, se possa alcançar mais igualdade e respeito.