Intolerância é todo ato ou pensamento dotado de repressão à ações e opiniões, que se formam nos mais variados ambientes e situações. Um exemplo desse tipo de comportamento é a atitude humana de reprimir manifestações religiosas. A constituição promete a laicidade para os cidadãos, logo torna-se mister pensar se o governo brasileiro permite a convivência de todas as religiões sob as mesmas condições. Desde o momento em que um ser passa a conviver na sociedade, ele aprende a seguir algumas crenças, isso passa a ser um problema quando os que transmitem e compartilham desse conhecimento se acham no direito de obrigar um indivíduo a seguir seus conceitos, porém é muito comum nas instituições de defesa baseada na constituição, que diz não haver uma verdade absoluta, portarem objetos que representam a religião cristã, promovendo uma supremacia religiosa no ambiente político. Essa valorização de uma determinada religião permite a geração da discriminação, que não é uma "coisa" nova entre as pessoas, muito menos a que acontece por conta das escolhas individuais, esta é uma questão antiga que está presente desde antes da formação da Polis, na Grécia Antiga, mas foi somente nesse período que se abriram discussões éticas sobre a verdade absoluta. A priori o Estado tem o papel de elaborar leis mais justas que tornem todas as manifestações religiosas realmente iguais perante a justiça - esse é um caminho já iniciado pela constituição; a posteriori é indispensável uma fiscalização rigorosa sobre a aplicação dessas leis, que é mais importante do que a elaboração delas, como Thomas Jefferson destacou. É necessário que o governo também abra debates sobre religião dentro de todos os meios de convivência, para desuniformizar o pensamento crítico religioso até que se alcance a sociedade almejada por Carlos Drummond de Andrade, em "Mãos Dadas".