Título da redação:

Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil

Tema de redação: A intolerância religiosa no Brasil

Redação enviada em 07/11/2016

Pela própria formação do povo brasileiro, é possível afirmar que o Brasil é um país de muitas culturas. Indígenas, portugueses, africanos e muitos outros povos constituem a mista identidade nacional. Entretanto, apesar da miscigenação, ainda se perpetua preconceitos quanto à crença e, sendo assim, a sociedade deve agir para combater a intolerância religiosa. Em primeiro lugar, é importante ressaltar a natureza cultural do problema. Desde o início da colonização portuguesa houve a preocupação quanto à catequese dos indígenas e africanos. Dessa forma, assim como nos discursos de Padre Antônio Vieira, ainda hoje existe uma visão engessada de que uma religião é superior à outra. Nesse contexto, o preconceito se perpetua pela sociedade, invadindo escolas, universidades e até as mídias. Além disso, outro fator que impede o problema de ser resolvido é a impunidade. Constantemente minorias religiosas - em especial o islamismo e as religiões de origem africana – são escarnecidas nas mídias e, principalmente, na internet. Dessa maneira, a internet e sua sensação de anonimato, faz com que cresça o radicalismo o qual muitas vezes sai do meio virtual e leva à violência física. Para piorar, tais crimes ainda são pouco denunciados e investigados, o que, consequentemente, faz com que muitos criminosos saiam impunes. Portanto, medidas devem ser tomadas para resolver o impasse. Assim sendo, cabe à polícia civil criar um centro de denúncias especializado em crimes de cunho religioso, o que aumentaria o número de denúncias, investigações e infratores punidos. Ademais, cabe às mídias evitar a divulgação pública do escárnio religioso e promovendo publicidades em prol da tolerância. Outrossim, cabe à escola como formadora cidadã, promover debates e palestras acerca do assunto a fim de desconstruir esteriótipos arcaicos. Assim como dizia o filósofo Kant: “ o homem é aquilo que a educação faz dele”.