É impressionante o fato de estarmos em pleno século 21 e parte da nossa sociedade sofrer de preconceito por conta de sua religião, afinal já fazem mais de dois séculos que foi decretado pelo Rei João VI que nesse país haveria liberdade de crença. Entristece um cidadão Brasileiro ver que após todo esse tempo seus conterrâneos não evoluíram nesse aspecto. O nosso país declarado católico desde seu tempo de colônia atribui a seus habitantes a educação de que há um ser superior a nós que julga e protege todos aqueles que nele vivem. Até hoje pode considerar que aproximadamente 80% da nossa população crê nesse ser, e quando surge alguém que não acredita nisso, ou simplesmente acredita que não existe apenas um, mas sim vários seres superiores a nós, algumas pessoas simplesmente não aceitam isso e partem para a violência. O que revolta um cidadão é ver um ser humano espancado, apedrejado ou assassinado, por esse e outros motivos exposto em todos os noticiários, jornais e sites diariamente, e que as medidas para diminuir esses acontecimentos são pouco eficazes. Na prática, o Brasil não é um país intolerante, mas a sociedade que nele habita é, e muito. Pois, quando se vê um ateu o mesmo é julgado praticamente como um extraterrestre, se vê um integrante da Umbanda ou do Candomblé já se associa a “macumba”, entre outros muitos exemplos. O Brasil deveria ser mais rígido em relação a essa intolerância, se aqui é um país livre, e as pessoas possuem a liberdade de escolher suas crenças, elas não deveriam se sentir reprimidas ou amedrontadas mediante as outras pessoas. Quando se comete um delito por conta de intolerância à pessoa que praticou deveria ser presa da mesma forma de quando se rouba uma pessoa, afinal está sendo roubada a liberdade da outra de escolher, intimidando-a seja fisicamente ou verbalmente. A única coisa de se ficar grato em relação a essa situação é que ainda não se foi vista passeatas para se espalhar o ódio mútuo a religiões alheias como se é visto em outros países mundo à fora, porém é bom não pagar para ver.