É notório que, nos dias atuais, a discussão a respeito da intolerância religiosa tornou-se arraigada e onipresente entre os cidadãos, principalmente em nações onde ocorre o extremismo religioso. Por mais que o Brasil seja uma nação democrática e possua uma grande diversidade de crenças religiosas, a intolerância também é percebida no país. De acordo com os princípios da Constituição Federal de 1988, o Brasil é um Estado laico, além disso, é permitida a liberdade de expressão e culto religioso. Nessa perspectiva, não há uma religião brasileira oficial e cada cidadão tem o direito de exercer livremente a sua crença. Entretanto, nota-se que a intolerância religiosa está presente em diversas crenças no país. Um exemplo disso foi a pesquisa realizada pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, que ao entrevistar 840 terreiros de macumba, constatou que pelo menos 450 deles já sofreram com alguma prática discriminatória de violência ou ameaça aos líderes e membros dos grupos. Vale ressaltar que a intolerância religiosa se agrava quando ocorre o crime contra à vida dos indivíduos. O holocausto, liderado pelo líder polonês Adolf Hitler, que matou cerca de 6 milhões de judeus, é considerado até os dias atuais como o maior exemplo de intolerância religiosa internacional. Percebe-se que no Brasil há também práticas violentas, uma das barbáries mais recentes de atentado foi quando uma menina de 11 anos foi apedrejada na cabeça ao sair de um culto de Candomblé, no Rio de janeiro. Diante do exposto, urge a necessidade de uma maior participação da sociedade e das autoridades responsáveis no combate à intolerância religiosa, pelo fato de ser crime e desrespeitar os direitos humanos. Logo, é imprescindível que as escolas promovam palestras com líderes religiosos de todas as religiões destinadas às crianças, jovens e adultos, para que esses saibam conviver com as diferenças religiosas. Ademais, é relevante que o governo federal invista em campanhas publicitárias para aqueles que são ameaçados possam se sentir amparados e denunciar os intolerantes, e, dessa forma, erradicar a intolerância religiosa no Brasil.