O país das multifaces culturais é, também , o da diversidade religiosa. Prova disso é a coexistência de vários segmentos religiosos com diferentes matrizes, como a africana, a católica e a indígena. Essa heterogeneidade de credos , no entanto, não contribuiu para a formação de um respeito mútuo entre a maioria dos sectários de crenças com ensinamentos diferentes. E isso se deve, principalmente, a uma concepção que tenta validar a crença da maioria como verdadeira, marginalizando as outras. Com isso, credos de origem africana, como a Ubanda, são alvos de estereótipos e atitudes de intolerância, as quais ferem o direito de livre expressão religiosa, garantido por um estado laico, e consistem na depredação dos locais de seus ritos ,acrescentando-se as piadas que são feitas deles. Tal comportamento é, de forma preponderante, consequência da falta do ensino das religiões ou do ensino de uma única religião, nas escolas, uma vez que, enquanto aquela não possibilita o respeito das diferentes doutrinas, essa estimula um sentimento de superioridade em relação às outras. Assim sendo, para reduzir as atitudes e comportamentos estigmatizantes, advindos do preconceito, faz-se necessário que o poder público, por meio do Ministério da Educação ,insira ,nas escolas, um ensino de religião que promova o conhecimento e o respeito em relação às diversas crenças . Além dessa medida, é preciso divulgar campanhas , pela mídia, as quais presem pela tolerância religiosa, mostrando para o povo que é possível a convivência pacifica entre segmentos sociais seguidores de diferentes cultos.