A intolerância religiosa se mantém presente ao longo de toda história da humanidade, desde as civilizações antigas até os noticiários atuais. O termo intolerância refere-se à dificuldade de aceitar nos outros, diferentes formas de pensar, agir e sentir; sendo que os conflitos provindos deste fanatismo sempre remetem a situação de que um povo vê a sua fé como verdade absoluta, havendo o culto a uma crença exagerada cujos inimigos são todos aqueles que não compartilham de uma mesma religião. Há vários momentos históricos em que esse ideal obsessivo tornou-se guerras sangrentas, como os atentados a Paris e às Torres Gêmeas nos Estados Unidos e a guerra entre católicos e protestantes durante a Reforma e a Contrarreforma, período também em que houve a ascensão dos ideais dos filósofos Baruch Spinoza e John Locke. Com o Tratado Teológico Político do século XVII, Spinoza concluiu que essas lutas religiosas eram pretextos usados para ocultar a ambição dos homens por poder e domínio e Locke promoveu a ideia de estado laico, como forma dos indivíduos terem liberdade para seguir as suas crenças. Atualmente, essa intolerância está veiculada principalmente as seitas islâmicas, que persistem em tentar impor seus ideais a todos os povos e as sociedades que não se submetem a esses dogmas predominantes, tornam-se alvos da marginalização, como o Candomblé e a Umbanda no Brasil não são reconhecidos como religião e sim como manifestações religiosas afro-brasileiras. Portanto, é necessário que o país se torne mais flexível quanto à aceitação dessa diversidade religiosa e aplique leis que punam realmente quem insistir em propagar o desrespeito e a violência, além de ser necessário que as pessoas adotem em suas vidas ideais como o amor, o respeito e a fraternidade, conduzindo a formação de uma sociedade mais tolerante.