O Brasil é oficialmente um Estado laico. De acordo com a Constituição Brasileira, a liberdade de crença religiosa é garantida a todos os cidadãos. No entanto, é grande o número de casos de violência a determinados grupos religiosos, sobretudo, aos de matriz africana. No século xvi a religião oficial no Brasil era o catolicismo que foi trazido pelos brancos, de origem portuguesa. Com a vinda dos negros africanos, trazidos para serem escravizados, veio o candomblé e assim, o que era africano, tornou-se então afro-brasileiro. Conquanto, o mesmo era proibido e reprimido pelas autoridades policiais. Com o movimento modernista e a valorização da cultura popular essa prática deixou de ser perseguida e despertou interesse dos intelectuais. Entretanto, os dados estatísticos revelam que, de 840 terreiros, 430 foram alvo de discriminação em 2010. Sendo que, as agressões vão além de ofensas verbais e chegam a colocar em risco a integridade física dos fiéis. Em 2015 uma menina de 11 anos foi apedrejada por estar com vestuário de candomblé. O caso ocorreu na saída de um culto, onde um grupo de pessoas vestidas de branco foram insultadas por dois jovens e os mesmos arremessaram uma pedra atingindo a vítima. Visto isso, torna-se notório o desrespeito aos grupos religiosos. As pessoas que não toleram uma religião está, portanto, desrespeitando a Constituição Brasileira. Logo, espera-se dos governantes a implantação de palestras nas escolas, de modo que, as crianças conheçam os diferentes grupos religiosos e a importância cultural de cada um na formação do país. Em contrapartida, cabe aos pais, darem continuidade ao trabalho realizado nas escolas, ensinando-os a respeitar os mais variados credos. Dessa forma, é possível conviver com todos os grupos sem que haja intolerância religiosa no Brasil.