A intolerância religiosa é presente no Brasil. A mesma tornou-se uma mazela social a partir do momento que fez com que as pessoas perdessem o respeito pela escolha umas das outras. Não obstante, ainda existem religiões que respeitam a decisão de quem adere a outras; porém, a maioria julga negativamente as crenças alheias, criando, até mesmo, confrontos. As causas dessa intolerância são diversas, destacando-se o julgamento de superioridade de uma religião à outra e de má fé; tendo como consequências o desrespeito dentro da sociedade e uma disputa acirrada pela maior obtenção de crentes em suas igrejas ou templos. Como citou o poeta italiano Giacomo Leopardi: ‘’ Nenhuma qualidade humana é mais intolerável do que a intolerância’’. Cristianismo, Budismo, Islamismo, Espiritismo, Hinduísmo: muitas são as religiões disponíveis a nossa escolha pessoal. Entretanto, atualmente, vem se criando uma disputa entre as mesmas pela superioridade de uma sobre a outra e pelo julgamento de má fé a determinadas crenças. Dessa forma, é visto o preconceito exercido pela sociedade diante da falta de vontade em reconhecer e respeitar diferenças ou crenças religiosas. Em meio a tais confrontos, as consequências são perceptíveis: a sociedade perde o respeito diante de escolhas alheias distintas e promove uma cruel disputa, criando rivalidades entre as religiões. No fim de julho de 2015, na cidade do Rio de Janeiro, O Centro Espírita Pai Benedito de Angola, criado há 26 anos, tem sido alvo de violência constante por praticantes de religiões distintas; o dono do local relata que tais atos já haviam sido praticados anteriormente, entretanto, a situação se agravou no último ano. Nessa perspectiva, pode-se perceber a real dimensão dessa problemática – simplesmente aterradora. Embora a intolerância religiosa seja bastante recorrente e, até mesmo, comum hoje, existem medidas que podem vir a proporcionar melhorias na convivência social. As escolas poderiam disponibilizar aulas de Ensino Religioso, nas quais seria abordado o estudo das mais diversas religiões, proporcionando conhecimento e criando maiores chances de pessoas tolerantes, independentemente de sua escolha religiosa; entretanto, para essa ideia se fixar, é necessária a participação ativa familiar, reforçando as propostas escolares, formando cidadãos, de fato, conscientes.