A religião nem sempre foi algo de escolha livre e individual. O período colonial no Brasil, por exemplo, foi marcado pela catequização dos índios pelos portugueses, que até traduziram escrituras religiosas para a língua dos nativos para impor isso. Apesar de ser lei o brasileiro ter sua liberdade de crença, ela não é vista com seriedade pela sociedade com pensamentos xenofóbicos. O Brasil é um país miscigenado e, portanto, diversificado. Com as imigrações ocorridas ao longo de sua história, foram trazidas culturas de diversas sociedades, incluindo suas religiões, o que era para ser tratado com respeito. Porém, acabou por ser alvo de preconceito para com o próximo e se tornou um grave problema quando foi para o nível de invasão à liberdade do outro, com ataques verbais, via internet, ou físicos. É evidente que a sociedade se tornou muito intolerante ao que é diferente e tratam com estranheza. Exemplo disso é o candomblé, uma religião de origem africana que é vista com '' maus olhos '' por grande parte da população brasileira, com opinião muitas vezes oriunda de boatos. A contradição existente é que, mesmo num estado laico, as pessoas temem expor a sua religião e suas crenças. Outro fator que contribui para a propagação dessa intolerância, é a questão do '' bloqueio '' existente dentro de cada religião com as outras. É visível que, por serem fiéis a sua crença, não são abertos para buscar conhecimento da outra, estabelecendo o respeito. Esse julgamento prévio gera o distanciamento das pessoas de diferentes dogmas e fica esquecido o '' amor ao próximo '', tão pregado pelos religiosos. É necessário, portanto, promover um maior conhecimento a crianças, jovens e adultos acerca das religiões através de palestras em espaços públicos e privados, com a presença de líderes delas, como padres, médiuns, ubandas, entre outros. Além disso, haver maior punidade àqueles que atacarem o próximo, através do bloqueio de mensagens ofensivas, multa e, dependendo da gravidade, prisão com trabalhos voluntários.